O prefeito comemora seu último dia de expediente, em foto tirada por volta de 2009

São José (SC) – Os moradores e turistas que adoram a capital catarinense não terão verão em 2013. Pelo menos é o que indica a Prefeitura Municipal de Florianópolis, que, em nota oficial, afirma não ter recursos para bancar a temporada mais quente do ano. “Queremos pagar metade, mas só após a futura administração garantir que o verão vai acontecer”, afirmou o prefeito Dario Berger, que deixa o cargo em 1º de janeiro de 2013.

Procurado pela reportagem do Laranjas, o prefeito eleito Cesar Souza Júnior disse que o modelo de verão adotado por Florianópolis está falido e que precisa parar de depender de dinheiro público. Na verdade essa é a frase que Cesar deixa em sua secretária eletrônica do celular, com um sinal sonoro para os jornalistas acrescentarem palavras que bem entenderem, como “carnaval”, “réveillon”, “Fenaostra”, “tráfico de drogas”, “festa de Natal com tenor cego” e, neste caso, “verão”.

A decisão da administração municipal repercutiu instantaneamente nas redes sociais, revelando que o problema do desemprego e do excesso de estudantes vagabundos é mesmo sério. Em geral, os internautas apoiaram a medida. “Ai, se for para acabar com esse calor tudo bem”, afirmou Kelly Chrystinna Perão no Facebook. Já Thuianny Vetusa escreveu “KKKK MUITO LOCA ESA IDEIA CURTI” no Twitter. Em fan pages de jornais, comentários foram deixados culpando a imprensa, a direita, o PGC e o PT, não necessariamente nessa ordem.

Revoltadas – Uma das vozes dissonantes foi o #OccupyJurerê, cujas integrantes acabam de voltar do verão europeu para Florianópolis. Durante uma sessão de bronzeamento, a líder do movimento, Sarah Kayumi, reclamou bastante da ausência de verão. “Trabalhamos duro o ano todo para mantermos uma bunda dura e agora o poder público nos abandona, como se fôssemos um bando de pobres”, afirmou.

O #OccupyJurerê convocou um protesto neste sábado, em frente ao P12. “Serão mais de 150 meninas, todas vestidas com biquínis brancos minúsculos e passando bronzeador umas nas outras, para que esses manés vejam o que os paulistas vão perder se não tiver verão”, explicou Sarah Kayumi, que recentemente trocou suas próteses de silicone – passou de 125 ml para 200 em casa seio. “Só falta o Rico Mansur e o Garnero não aparecerem!”, exaltou-se.

Autoridades estaduais – A reportagem do Laranjas procurou o Primeiro Grupo Catarinense para saber se o cancelamento estava autorizado, mas recentemente a organização criminosa trocou seu plano de celular corporativo para a TIM e não conseguimos obter contato.