Sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PGC nega existência do Governo do Estado: “situação está sob controle”

Categorias: Política

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira, o líder do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), Zé Rainoldo, conhecido como “Calombo”, negou a existência de uma entidade conhecida como Governo do Estado (GDE.) “Isso é lenda, um mito criado pela imprensa para desestabilizar o estado narcocrático de desmando”, afirmou Calombo, assegurando que “está tudo dominado, tudo sob controle”.

Ao lado de Calombo estavam Nada Faraco, a “Lili Locca”, e Cesar Augusto,  o “Grude”, que, exceção feita a alguma colocações grosseiras e despropositadas da primeira, nada diziam e apenas assentiam, dizendo “vida loca”. De acordo com o líder do PGC, as ações tomadas por políticos são pontuais, sem organização nenhuma, o que impossibilitaria a configuração do chamado GDE.

“Escoltar ônibus no Terminal da Trindade, anunciar que o diretor de São Pedro de Alcântara pediu pra sair e prender meia dúzia de menores pra depois soltar são claramente atitudes isoladas, que mostram que não há um cérebro, quanto mais vários cérebros, pensando uma política de segurança pública”, exaltou-se Calombo. Neste momento, Lili Loca deu um soco na mesa e mandou um repórter calar a boca. Grude apenas fazia cara de paisagem.

Inquirido por um repórter a respeito da presença de policiamento ostensivo nas ruas, Calombo divertiu-se: “Você diz aquele ali no pedágio, perto da sede do que você está chamando de GDE? Não existe, nem uma coisa nem outra!” Para os comandantes do Primeiro Grupo Catarinense, o GDE é uma invenção da mídia, que quer apenas ganhar ibope tentando levar alguma tranquilidade à população.

No encerramento da entrevista, Calombo pediu que os repórteres anotassem uma declaração. “Não há porque acreditar na existência de um Governo do Estado. Se algo assim realmente existisse, nós não estaríamos aqui falando com vocês. Se existisse um Governo do Estado, no verdadeiro significado da palavra, os cidadãos e empresas que trabalham o ano todo para fazer Santa Catarina crescer e ser um local em que pessoas de outras partes do Brasil sonham morar poderiam circular tranquilamente pelas ruas. Se o tal Governo do Estado realmente funcionasse, nunca uma facção criminosa como a nossa poderia ser nem mesmo fantasiada pela imprensa, porque os impostos pagos pelos cidadãos acima citados seriam revertidos para educação de qualidade, incentivo a criação de empregos, manutenção de forças policiais bem equipadas e construção de presídios seguros, entre outras coisas. Jamais, se um Governo do Estado que merecesse tal título fosse um ente real, esses impostos seriam usados para manter estruturas nababescas de poder, para pagar salários exorbitantes a gente que não merece e para fechar contratos para beneficiar pessoas que tem como interesse apenas o recheio do próprio bolso. Nunca, em hipótese alguma, existiria um Governo do Estado em que cidadãos que andam de ônibus pagam com o suor do trabalho o dinheiro utilizado para comprar carros blindados para seus líderes eleitos e manter em seus centros administrativos policiais que deveriam estar nas ruas dando-lhes proteção. Nunca. Não é possível. Não há razão para acreditar que exista algo chamado Governo do Estado.”

Imagem meramente ilustrativa. Não há nada parecido com isso acontecendo em Florianópolis.

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