O diretor para o Brasil do Facebook, David Brazil, declarou nesta terça-feira (7) que a empresa vê com muita preocupação a onda de brigas políticas envolvendo crianças na rede social. Desde o encerramento da apuração do primeiro turno da eleição, no domingo, já foram trocadas cerca de 10 milhões mensagens ofensivas, incluindo posts, fotos e compartilhamentos de página apócrifas. “É alarmante você ver as coisas terríveis que essas crianças fofas são capazes de escrever”, disse o diretor através de seu perfil, onde aparece vestido de girafa chupando um picolé.
De acordo com David Brazil, o comportamento desses usuários é infantil, mas provoca apreensão. “A comunidade do Facebook é positiva, respeita diferenças, mas tem controles e regras, coisas de difícil compreensão por esses bebezões”, explicou. O diretor acredita que as fotos de perfil sejam utilizadas para dar a falsa impressão de que se tratam de pessoas agradáveis e ingênuas, em uma tentativa de desarmar o amiguinho que está fazendo brincadeiras feias. “Algumas dessas crianças são de fato ingênuas, mas a maioria é mesmo má e deve ter sofrido algo terrível para agir assim”, completou.
A questão chegou à matriz do Facebook, nos Estados Unidos. O chefe de segurança digital, Charles Norris, disse em entrevista ao Laranjas que centenas de perfis podem ser suspensos até o fim do segundo turno das eleições. “Se esses brasileiros pequenos não aprenderem a se comportar, terão que procurar outra rede social para arrumar briga, pois nós gostamos de todo mundo bonitinho e bem arrumado”, ameaçou. Norris também disse não entender por que tanto ódio contra coxinhas, pois comeu alguns desses salgadinhos quando esteve no Brasil e gostou bastante. “E o que são petralhas?”, perguntou à reportagem, que preferiu não explicar.
Norris confirmou que o Facebook estuda investigar se os perfis infantis são fakes, o que configura uma infração das regras de uso. “Essas crianças falam de armas, drogas, violência, corrupção, empresas estatais, baladas, comunismo, fascismo, sem fazer sentido algum e sem contribuir para a distribuição de conteúdo de qualidade”, lamentou. O responsável pela segurança da rede disse ainda que “eles nem percebem, mas param de ser seguidos pela maioria dos amiguinhos e só têm contato com brigões”. Ele ainda disse que espera que os usuários do Facebook não descubram o Twitter, que não permite mais de 140 caracteres, evitando os famosos textões, além de ser “mais pacífico e engraçado, mas não escreve isso aí, seu cocozão”.
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