"Alô? Eu quero uma meia calabresa, meia quatro queijos gigante aqui na Praça dos Três Poderes!"
Em mais um julgamento de caráter extraordinário, os ministros do Supremo Tribunal Federal irão votar nesta sexta-feira (27) um processo aberto por deputados do DEM pedindo cotas para a oposição na CPI do Cachoeira. “Isso é descriminação, só o nosso lado se prejudicar com essa história. Queremos que os governistas também sejam investigados. Ou isso, ou pizza!”, declarou o deputado Roboaldo Soares (DEM-MA). O deputado Odair Cunha (PT-MG) foi indicado o relator da CPI, que dos seus 32 titulares, apenas sete são dos partidos de oposição.
Os deputados que apoiam as cotas para oposição em CPI alegam descriminação política, e apresentam estatísticas para provar: segundo o Instituto de Pesquisas Encomendadas (IPE), 35% dos políticos corruptos são da oposição, enquanto 32% são da situação. Os 33% restantes ou são do PMDB ou não quiseram responder ao questionário. “Temos aí um exemplo notório de preconceito. Temos quase a mesma proporção de corruptos, mas na CPI, temos apenas pouco mais de 20% de participação. Queremos igualdade”, protestou o deputado Cleptom Ananias (PSDB-RO).
Em entrevista exclusiva ao LARANJAS (PQP-SC), o novo presidente da corte do STF, o ministro Ayres Britto, antecipou alguns pontos importantes do julgamento: “Pretendemos ser rápidos, não vamos demorar mais do que três horas, cada um, para dar o voto. E também já combinamos com o Gilmar Mendes que o voto dele vai ser contrário, só pra causar polêmica”.
Não deixando de perder a piada, também perguntamos ao deputado federal Índio da Costa (PSD-RJ), se ele estaria preocupado em ser preso durante a sessão, assim como Araju Sepeti (PT-TO), que foi detido no julgamento de hoje (sobre as cotas) após causar tumulto durante a votação. “Também sou Índio, mas não sou vascaíno – apesar de ter sido vice com o Serra. E prometo, por recomendação do partido, ficar em cima do muro nessa história, sem causar qualquer transtorno”.
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