Após assumir a presidência, o presidente em exercício, José Sarney, relançou o programa “fiscais do Sarney” para conter a inflação – que está voltando a subir – de forma bem parecida com a qual foi construído o programa de seu governo quando era presidente eleito pelo parlamento. A forma de atuação difere somente em alguns quesitos. Os fiscais, agora, ao invés de serem pessoas comuns, são indicados pelo governo, e são majoritariamente do PT ou PMDB. Uma pequena parte é da base aliada. De forma um pouco diferente também, os “Fiscais” agora trabalham seis horas diárias e ganham uma verba do governo.
“Já estamos organizando uma greve”, reclama o recém indicado Silvinho da Viola, responsável pela fiscalização da inflação no Parque da Luz, Florianópolis. “O que nos pagam é abaixo do valor de mercado”, conclui.
Já o comerciante Jeraldo Henrique Cardozo, que também é dono de uma usina elétrica, reclama. “É uma pouca vergonha. Não podemos mais nem especular financeiramente que o governo quer baixar nosso preço na marra. Assim não pode. Assim não dá”.
Perguntada sobre o assunto a presidenta Dilma Roussef limitou-se a dizer que os países europeus estão lidando de forma errada com a crise e que o afrouxamento fiscal não é a solução. Voltou a defender os incentivos governamentais ao crescimento econômico e criticou a imprensa brasileira por tentar denegrir a imagem do ex-presidento Lula.