O ex-governador de São Paulo e atual desempregado José Serra anunciou nesta sexta-feira sua candidatura à presidência da República. O político paulista está animado com a volta do seu nome às capas dos principais jornais e revistas – menos a Veja – do Brasil, e quer aproveitar o momento. “Lanço meu nome hoje como opção para os brasileiros, já que estes não falam em outra coisa a não ser em José Serra nos últimos dias”, afirmou o, ao menos por enquanto, tucano.
Nas fileiras do PSDB, Serra passa longe de ser uma unanimidade, e o anúncio da candidatura pegou a muitos de surpresa, por mais que isso soe irônico. “Ele aproveitou um momento de distração do Aécio Neves, quando uma loira com seios fartos e bumbum avantajado passou do outro lado da rua, para se lançar a presidente”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), em referência ao presidente do partido, senador mineiro e habitué de Jurerê Internacional.
Serra, por sua vez, não parece muito preocupado com a questão partidária. “Fico à disposição dos meus atuais correligionários, mas não descarto uma nova aliança pela renovação do Brasil”, afirmou. Ele se considera alinhado com os anseios das novas gerações, que foram às ruas do país em junho pedir mais qualificação na vida política. “Meu escândalo é moderno, envolve a melhoria da mobilidade urbana e uma empresa de tecnologia, enquanto meus adversários ainda são pegos em denúncias comezinhas de compra de deputados e propina para empreiteiras”, pontuou.
Como possíveis aliados da empreitada, Serra cita “gente jovem que quer mudar o país, como José Sarney, José Agripino, Roberto Freire e até mesmo o presidente Lula, que precisa de um sucessor”. Ao ser informado que o Brasil é presidido, atualmente por Dilma Rousseff, um incrédulo Jose Serra indagou: “Ué, mudou?”
A reportagem tentou contato com o presidente do PSDB, senador por Minas Gerais e habitué de Jurerê Internacional, Aécio Neves, mas a loira atravessou a rua e ele continua distraído.