“Aquele puta ganso, pilantra corno manso, ficava muito doido e deixava a mina só. A mina era virgem e ainda era menor, agora faz chupeta em troca de pó!”, disse Suplicy

O ex-senador e pré-candidato a vereador Eduardo Suplicy, 75, foi preso na manhã desta segunda-feira (25), ao participar de um protesto contra uma reintegração de posse em São Paulo. O petista resistiu e acabou sendo levado por policiais militares até a 75º Delegacia de Polícia, no Jardim Arpoador, onde permanece preso. O ato foi repudiado por dezenas de políticos e militantes, além de ter virado memes reproduzidos em diversos jornais e portais brasileiros.

Quem mais sofre com a prisão do petista, além do próprio, é o carcereiro Paulo Edycombe, que está de plantão na 75ª DP. O profissional de segurança não aguenta mais ouvir Suplicy cantando a letra de Diário de um Detento, sucesso dos anos 90 dos Racionais MCs. “Daqui a pouco ele começa de novo, ‘aqui estou mais um dia’ e tal, e vai até o final das rimas, sem errar, bicho”, desabafou o carcereiro. “Eu preferia que ele me falasse sobre a renda mínima“, acrescentou.

Eduardo Suplicy deve ser solto a qualquer momento, devido à sua idade avançada e baixa gravidade do crime que cometeu. Para o carcereiro Paulo Edycombe, porém, a soltura já está demorando demais. “Eu já contei pelo menos 17 interpretações de Diário de um Detento, eu simplesmente não aguento mais e peço clemência”, disse, revelando que o ex-senador faz questão de gritar no trecho “ra-ta-ta preciso evitar que um safado faça minha mãe chorar”.

A reportagem do Laranjas tentou conversar com Eduardo Suplicy, mas o petista pediu, gentilmente, para não gravar entrevistas. “Essas coisa me incomoda, se eu tô na rua é foda”, argumentou Suplicy. Quando o repórter deixava a carceragem da DP, Suplicy o chamou de volta. “Tenho algo a dizer, anota aí: aqui estou, mais um dia…”, e continuou a letra. “Puta que pariu!”, berrou Edycombe na sala ao lado.

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