Em sessão extraordinária na tarde desta quinta-feira (20), os deputados da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovaram por unanimidade o pagamento de um auxílio-apocalipse no valor de R$ 6,4 mil mensais para cada parlamentar. “Utilizaremos a economia de 40 milhões para compensar o trabalho duro dos deputados, que precisam passar pelo fim do mundo em Florianópolis e também nas bases do interior” afirmou Roboaldo Felício (PMDP), que presidiu a sessão. Pela manhã, em caráter de urgência, o projeto havia sido aprovado pelas comissões de ética e justiça, de finanças e de benefícios.
A principal justificativa para a aprovação do auxílio foi que o apocalipse cairá na sexta-feira, tradicional dia em que os deputados não trab.., digo, não costumam realizar sessões para fazer um trabalho mais próximo a suas bases eleitorais. “Mesmo quem mora na Grande Florianópolis precisa de verba para atravessar o apocalipse com decoro parlamentar”, afirmou Marcelino Alcebíades (PFDB), de Palhoça.
“O legislativo não pode se dobrar a forças anti democráticas”, manifestou-se o deputado Alemão Schneider (PZ), de Schroeder, durante a sessão. Para ele, o benefício é um instrumento para que a “equanimidade dos poderes seja respeitada em tempos cataclísmicos”. A reportagem do LARANJAS procurou o linguista Noronha Pasquale, mas ele não quis comentar a respeito da frase do deputado.
PROTESTO – Funcionários da Alesc protestaram assim que saiu a decisão. O sindicato da categoria afirma que não pode ficar de fora do benefício. “Isso é um absurdo, caso não recebamos o auxílio-apocalipse, vamos mandar todos os funcionários fantasmas virem trabalhar”, ameaçou o presidente do sindicato, Marcão do Arquivo. “Não vai sobrar vaga de estacionamento pra ninguém!”, concluiu.
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