Uma semana após o presidente uruguaio José Mujica ter anunciado a estatização da distribuição de maconha no país, o Brasil adota medida semelhante. Foi anunciada hoje, pela presidente Dilma Roussef, a criação da Ganjabras, empresa estatal que vai controlar a produção e distribuição da erva maldita no país. “É um setor vital para a economia, que cresce a mais de 15% ao ano, então o Estado tem que intervir”, afirmou o ministro da Economia, Guido Mantega, no lançamento.
A Ganjabras já nasce com 1.500 cargos comissionados, que estão sendo disputados a tapa pelos partidos da base governista. Por enquanto, o PCdoB está levando vantagem. “Os companheiros comunistas têm toda a bagagem de DCEs e centros acadêmicos de universidades públicas”, defendeu Dilma. Por outro lado, a preferência pela turma do chamado movimento estudantil excluiu a possibilidade de concursos públicos, que exigiriam graduação concluída.
Apesar de já saber o número de funcionários, o governo brasileiro ainda não definiu as diretrizes básicas dos serviços da Ganjabras. Especula-se que Florianópolis e Rio de Janeiro terão os maiores centros de distribuição, enquanto a parte administrativa continuará em Brasília. “São Paulo deve ficar de fora no início, mas depois a gente vê se expande a coisa para a cocaína e eles entram”, explicou Dilma, com um sorriso maroto.
A presidente aproveitou a oportunidade para lançar o programa Minha Ganja, Minha Vida, que vai garantir seis cigarros de maconha por mês a cada filho mantido na escola. Especialistas divergem, dizendo que o novo programa exigirá um incremento financeiro no Bolsa Família para a compra de mais comida.
Procurado, o ex-presidente Lula limitou-se a negar qualquer influência de Fernando Henrique Cardoso na criação da Ganjabras, a quem, num ato falho, referiu-se como “THC”. Em seguida, ele posou para fotos com membros do PCC, em troca de apoio à candidatura de Fernando Haddad para prefeito de São Paulo.
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