Profissionais lutam pelo reconhecimento de seu trabalho

O Brasil vibrou na semana passada com o título mundial do WCT conquistado por Gabriel Medina nas ondas de Oahu, no Havaí. O surfista paulista deixou os concorrentes multicampeões Kelly Slater e Mick Fanning pelo caminho, perdendo apenas na bateria final para o australiano Julian Wilson.

Com os 40 mil dólares obtidos com o segundo lugar na etapa, Medina chegou ao total de US$ 1,2 milhão em prêmios na carreira, finalmente ultrapassando Bruna Surfistinha como o atleta mais bem pago da história do esporte no Brasil. A moça, já aposentada, parou no primeiro milhão de dólares.

De acordo com o comentarista de surfe do canal UHULL, Picoruteco Palazaratz, o fato ilustra a desvalorização do surfista profissional no meio esportivo. “As pessoas acham que apenas porque trabalhamos nos lugares mais paradisíacos do planeta, passamos boa parte da vida na praia, fazemos sexo com as mulheres mais lindas do mundo e… sobre o que eu estava falando mesmo?” afirmou Palazarats. O comentarista participou do circuito mundial por sete anos, vencendo três etapas, 49 baterias e 978 mulheres.

O cálculo levou em consideração os valores apresentados por Bruna Surfistinha naquele-livro-que-você-leu-mas-não-admite e prequel de 50 Tons de Cinza, O Doce Veneno do Escorpião, atualizados de acordo com a inflação. Os lucros gerados pelo livro também entram na conta, pois são consequência direta da atividade principal da atleta no período.

Por outro lado, as centenas de participações em programas da televisão brasileira posteriores à publicação do livro ficaram de fora, porque até semana retrasada a mídia ignorava a existência de Medina, então seria sacanagem com o garoto. O Laranjas tentou contato com o campeão, mas ele não quis incluir nosso repórter na festa na praia de um local paradisíaco com as mulheres mais lindas do mundo.