Segunda-feira, 7 de abril de 2014

Homem de 37 anos entra em depressão ao notar que está de Rayban curtindo o show solo do Julian Casablancas

Categorias: Cultura

Carlão, que é assessor do TJ, não gostou de ser confundido com um jornalista de cultura

Uma ambulância teve que entrar em ação no autódromo de Interlagos na noite de sábado (5), mas, ao invés de enfermeiros, levou uma equipe de psicólogos. A medida inusitada foi necessária para socorrer Carlos Alfredo Sebonilha, que entrou em crise depressiva durante o festival de música Lollapalooza. Carlão, como é conhecido pelos amigos, começou a chorar ao perceber que, aos 37 anos, estava usando óculos de sol Rayban enquanto assistia ao show de Julian Casablancas.

“Era o show da carreira solo, completando a informação, e ele não resistiu”, confirmou o psicólogo Renê Tominaga, que prestou os primeiros socorros. Carlão foi encontrado aos prantos logo atrás da tenda de um dos patrocinadores do festival, todo descabelado e com seu blusão cardigan rasgado em trapos. De acordo com Tominaga, ele deve ter praticado na vestimenta, típica do jornalistas de caderno cultural, o que queria fazer consigo mesmo: a automutilação (sem contar que fazia calor). “O que eu fiz com a minha vida? Como ainda estou nessa?”, dizia Carlão, que é assessor do TJ.

Amigos de Carlão disseram que a crise foi súbita. “Ele tava de boas, curtindo a vibe, chegando em várias mulheres… Foi quando uma delas perguntou quais suas bandas favoritas e ele não soube responder que começou a chorar, tá ligado?”, disse Thyago Pedregoso, funcionário público. Tominaga esclarece que as mulheres podem ter relação com a crise depressiva. “Acho que ele não entendeu que elas não estavam para a pegação, apenas curtindo o som do Julian”, explicou.

Ainda pela descrição dos amigos, Carlão foi a um banheiro para enxugar as lágrimas e tentar se recuperar. “Foi mais um equívoco, e a gota d’água”, disse o doutor Tominaga. O homem de 37 anos se viu obrigado a urinar em um banheiro químico fétido e apertado, e, ao sair, viu-se no espelhinho do equipamento, usando óculos escuros Rayban, vestido como um DJ de balada de jornalistas de caderno cultural. “Aí ele desabou”, confirmou o amigo Pedregoso.

Carlão foi levado para casa e medicado com água gelada e uma camisa limpa com mangas. O quadro é considerado estável. “Vamos ver como ele reage, talvez dê um jeito na vida e faça mudanças”, comentou o psicólogo, que está confiante. Os amigos, por outro lado, dizem que vão levá-lo a uma casa noturna de sertanejo universitário, onde têm um camarote reservado. “Ali é que o bicho vai pegar”, disse Pedregoso.

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