
“Ti mete com o Tom Cruise agora, ôôô ixtepô”, brincou o cobrador Reginaldo, que costuma fazer a linha Volta ao Morro Pantanal Norte
Revoltada com a péssima imagem de permissiva que está sendo retratada na imprensa, a Força Aérea Brasileira (FAB) declarou na manhã desta sexta-feira (5) que irá pedir cobradores emprestados das empresas de ônibus de Florianópolis. “Eles têm muita força política, vão conseguir botar medo nos deputados que quiserem pular a catraca”, declarou o brigadeiro Armando Facin. Para a próxima semana, a aeronáutica vai divulgar a tabela com as tarifas para o legislativo, judiciário e executivo.
O porta-voz da FAB afirmou que os vôos que levaram deputados e senadores ao Rio de Janeiro para assistirem à final da Copa das Confederações não passaram de caronas. “São missões de treino que realizamos regularmente. Inclusive, estávamos marcando uma bateria de testes Kamikaze para agosto, data em que o Sarney faria uma viagem oficial ao Maranhão”, disse.
O Sintraturb, sindicato que representa motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis, declarou que está analisando a proposta. “Como todos sabem, os cobradores possuem um papel social indispensável na engrenagem da mobilidade urbana da cidade”, disse o sub-secretário de relações públicas do sindicato e funcionário público, Nelson Valadares. “Precisamos garantir as condições mínimas de trabalho, como a distribuição de jornais populares, o uso de óculos de lente colorida e a disponibilidade de passageiras femininas para serem cantadas.”
As forças armadas se encontram divididas em meio a uma crise da representatividade, acentuada pelas manifestações que estão sacudindo o Brasil, mesmo não sendo fevereiro. Enquanto alguns temem e teimam com a proximidade de outro golpe militar, os militares procuram agradar os políticos com pequenos mimos. “Há tempos temos um canhão dentro do Planalto e não fizemos nada. Não vamos dar golpe, gente”, tranquiliza o coronel Oliveira Senil, de pijamas em seu apartamento no Leblon.