Uma matéria do Diário Catarinense desta quarta-feira (7/12), assinada pelo repórter Upiara Boschi, revela que os servidores da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de Santa Catarina receberão bônus de fim de ano. O presente de Natal será de R$ 3 mil na AL e no TCE, de R$ 2 mil no TJ e de R$ 900 no MPSC. Os funcionários do legislativo catarinense ainda terão direito a um vale-alimentação extra, no valor de R$ 1 mil, como se fosse um 13º.
Leia a matéria original no site do DC
Na iniciativa privada, os funcionários recebem bônus quando (1) suas empresas têm bom desempenho e (2) eles próprios cumprem ou superam suas metas individuais. Na reportagem do DC, o presidente da AL, Gélson Merisio (DEM), foi quem deu mais explicações. O deputado afirmou ao repórter que os servidores terão o benefício, com aumento de R$ 1 mil em relação ao ano anterior, pelo seguinte motivo:
– Este ano tivemos uma economia muito grande e boa parte dessa economia foi feita com medidas duras para os servidores. Por isso, achei justo que a bonificação de final de ano fosse maior.
Segue o texto de Upiara Boschi: “Merisio se refere a medidas implantadas no controle de diárias e no corte que determinou sobre os salários de funcionários que ganhavam mais do que os deputados estaduais — R$ 20,1 mil. Em abril, veio a público uma lista elaborada internamente que mostrava 63 servidores que recebiam acima do teto salarial. Além disso, uma decisão judicial suspendeu o pagamento da maior parte dos salários dos 15 consultores especiais”.
A lógica empresarial não se aplica totalmente a uma casa do povo, afinal a Assembleia Legislativa não visa lucro. Porém, já que o que se está dando é um bônus e não um abono, cabe a comparação: economizar dinheiro era a meta da AL para 2011, e ela foi cumprida. Coletivamente ok, então. E individualmente? Pelo que foi exposto, os responsáveis pela economia foram os funcionários que ganhavam além do que poderiam, através de diárias e salários, e tiveram estes valores extras cortados, certo?
Ora, que baita injustiça está sendo feita! Por que essa meritocracia coletiva? Quem deve receber a bonificação financeira são somente os heróis que sentiram na carne estas medidas supostamente moralizadoras! Os contribuintes certamente ficariam felizes em saber que o dinheiro dos impostos iria compensar o sacrifício feito por essas pessoas. Ao invés disso, o legislativo catarinense resolve, inexplicavelmente, premiar todos seus funcionários com o mesmo valor, até aqueles que seguiram na linha!
Coisa de louco, né?
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