Quarta-feira, 30 de março de 2016

Governos estaduais temem não dar conta de abrigar refugiados do PMDB

Categorias: Política

Estados podem ter que montar acampamentos para peemedebistas buscando oportunidades de trabalho

O PMDB anunciou, na tarde de terça-feira (29), a saída do Governo Federal, dando um prazo para que todos os cargos do partido na administração de Dilma Rousseff sejam entregues até o fim de abril. A crise mais evidente provocada pelo ato é a política, mas a mais preocupante é, sem dúvida, a migratória. “Serão milhares de refugiados peemedebistas procurando trabalho em governos estaduais, talvez não haja oferta para tanta demanda”, diz o analista político Ernesto Noam, do Instituto Francisco Everardo Oliveira Silva.

A opinião do analista é corroborada por diversos governadores, que temem que seus Estados não tenham vagas o suficiente na administração pública para os peemedebistas. “Antigamente a gente criava uma secretaria ali, uma assessoria aqui, uns cargos de confiança acolá, mas os tempos mudaram, a crise é complicada”, disse um secretário estadual do PSD, que pediu anonimato com medo de perder o emprego para um filiado ao PMDB. “A gente entende o drama e queria receber todo mundo de braços abertos, mas não dá mais pra fazer milagre”, completou.

O analista Ernesto Noam acredita que a solução pode estar em acampamentos montados nas capitais, onde os refugiados peemedebistas esperarariam o surgimento de novas oportunidades de trabalho em administrações estaduais. “Aliás, antes que falem em construir um muro em torno de Brasília, para manter o PMDB por lá, é bom lembrar que vários filiados ao partido ocupam posições em estatais federais espalhadas pelo Brasil”, lembrou o especialista.

A extensão da crise ainda é desconhecida, porque alguns peemedebistas se recusam a assumir a condição de refugiados. “Em alguns estados há forte preconceito e rejeição ao PMDB, mesmo que em vários deles as pessoas nem percebam que ele já está nos governos”, explicou Noam. O analista lembra ainda que muitos militantes do partido esperam que a crise já esteja resolvida dentro de um mês, possibilitando o retorno imediato a Brasília.

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