Se o racismo não parar, a Conmebol ameaça endurecer e cobrir os estádios com escudos policiais
Depois de mais um episódio envolvendo trocadilhos lamentáveis com o Peru, a Conmebol resolveu tomar medidas drásticas para acabar com o racismo nos estádios da Copa Libertadores da América. Ou com a repercussão do racismo, ao menos. “Não queremos mais ver nossos jogadores passando por esse constrangimento, portanto as forças policiais terão que usar escudos maiores para que eles não ouçam essas manifestações normais nos estádios”, afirmou o diretor de Tabelas, Julio Fierro, de 96 anos, vibrando e muito feliz, antes de sofrer um pequeno derrame.
Fierro, um dos dirigentes da corrente que tenta renovar e rejuvenescer a Conmebol, ficou tocado com o caso envolvendo o jogador Paulo Cesar Tinga, do Cruzeiro, no confronto contra o Real Garcilaso. O meia foi alvo de imitações de macaco toda vez que pegava na bola. “Eu não vi e muito menos ouvi o que houve, mas confio no relato de…”, disse o diretor, antes de cair no sono. Depois de acordar, ele garantiu que o tribunal da entidade não vai deixar barato para o time peruano. “Vamos avaliar o caso com firmeza, logo depois do fim da Copa do Mundo, e o time pode até ser suspenso da Libertadores 2014”, disse.
A entidade maior do futebol sul-americano espera resolver, também, o problema das pedras, radinhos, pilhas, chinelos, rojões, morteiros, cadeiras, tijolos e animais de pequeno porte que são atirados rotineiramente durante as competições. “Quer dizer, vocês da imprensa que estão falando que tem esse problema, eu também nunca vi nem…”, afirmou Fierro, antes de dormir novamente. Os escudos protetores já estarão na ativa na próxima rodada da Libertadores, embora a Conmebol não tenha especificado como eles devem ser distribuídos.
No site da Conmebol, o regulamento foi alterado durante a madrugada. O time que contratar uma força de segurança que não cumprir a regra dos novos escudos perderá os pontos da partida. Sobre punições para racismo e violência, nenhuma novidade, mas o Laranjas continua esperando que o diretor Fierro acorde.
Baseado em ideia do jornalista Martín Fernandez (siga no Twitter: @mart_fern)
