
Durante os primeiros minutos de nervosismo, as duas equipes preferiram estudar o adversário
O Brasil parou na tarde de quinta-feira. Milhões de trabalhadores, exceto jornalistas, foram dispensados mais cedo do trabalho para acompanhar a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. Se dentro de campo o time começou com bastante nervosismo diante da própria torcida e do adversário, a Croácia, nas ruas de São Paulo, a Polícia Militar e os manifestantes protagonizaram cenas lamentáveis.
Para quem preferiu o futebol e perdeu a cobertura do protesto, o Laranjas oferece uma crônica com os melhores lances do quebra-pau entre a Polícia Militar e os Black Blocs:
Os dois adversários estavam nervosos, afinal era o primeiro protesto da Copa. Frente a frente, o time dos Black Blocs e a seleção da PM se estudaram por um bom tempo, sem ninguém tomar a iniciativa. O primeiro lance perigoso aconteceu aos 20 minutos da primeira etapa: Juninho Mascarado, da linha de frente dos Black Blocs, investiu contra o bloqueio policial, mas foi parado bruscamente pela defesa adversária. A cacetada do soldado Armandão pegou de raspão, mas não derrubou o mascarado.
Para quem preferiu o futebol e perdeu a cobertura do protesto, o Laranjas oferece uma crônica com os melhores lances do quebra-pau entre a Polícia Militar e os Black Blocs:
Os dois adversários estavam nervosos, afinal era o primeiro protesto da Copa. Frente a frente, o time dos Black Blocs e a seleção da PM se estudaram por um bom tempo, sem ninguém tomar a iniciativa. O primeiro lance perigoso aconteceu aos 20 minutos da primeira etapa: Juninho Mascarado, da linha de frente dos Black Blocs, investiu contra o bloqueio policial, mas foi parado bruscamente pela defesa adversária. A cacetada do soldado Armandão pegou de raspão, mas não derrubou o mascarado.
A partir desse momento, o protesto literalmente esquentou. Em uma jogada tripla, o ataque mascarado conseguiu driblar o adversário, furando a linha de impedimento. No campo de ataque, o armador Ricardo Molotov conseguiu botar fogo em três pneus. Uma guarnição da PM tentou chegar de carrinho mas não conseguiu pegar o trio de ataque.
Com a barricada, a PM foi obrigada a recuar a defesa e repensar a estratégia. O capitão do time, comandante Palhares, decidiu apostar no contra-ataque. Num primeiro momento, os Black Blocs caíram no nó tático do adversário: aos 40 minutos, em jogada individual, Anselmo Pedrada foi violentamente derrubado por um defensor policial. Saiu lesionado e deve estar fora da próxima manifestação.
Com o empate, nenhum dos dois times quis dar o braço a torcer. Somente a vitória interessava. Em um lance ousado, um dos black blocs conseguiu arremessar uma placa de trânsito, que acertou as costas de um peême. O clima esquentou, e os meganhas devolveram com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta. Sobrou até para jornalistas que cobriam nas laterais.
Com menos em campo, os vândalos começaram a ceder. A PM também cansou e começou a diminuir o ritmo no campo de batalha. Final de protesto, placar de 2 detidos e 11 feridos em São Paulo.