A preocupação de muitos é com o fim do dinheiro do mês, e não com o fim do mundo
Muitas pessoas acordaram nesta quarta-feira (12/12/12) com um pé atrás, principalmente jornalistas sem pauta que ficam procurando pessoas que farão 12 anos de idade. A superstição inevitável, no entanto, é algo desnecessário, ao menos para o maior especialista em calendários maia do mundo. O norte-americano Bristol Oshalah, Ph.D em futurologia mitológica anacrônica moderna pela universidade de Michigan acredita que a coincidência numérica de hoje não passa de um dia qualquer. “Eu acordei e fritei uma omelete, me queimei com o óleo. Acontece.”, afirmou.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Oshalah passou dois anos estudando as possíveis consequências dessa data. “Quaisquer eventos tomados como especiais serão apenas frutos do acaso”, concluiu o relatório. A pesquisa também analisou os demais “12/12/12” ao longo da história, em busca de fatos relevantes que mudaram a humanidade. No ano de 412, por exemplo,, por exemplo, um prisioneiro visigodo chamado Turismundo morreu de fome num acampamento da Legião Romana. Em 712, um aldeão de uma vila no leste do que hoje é conhecido como Espanha, comeu um queijo estragado e teve diarreia. “Em nenhum “12/12/12″ da história aconteceu algo significativo”, atestou a equipe.
Muitos dos boatos místicos que circulam sobre a data vêm da proximidade com o fatídico 21/12/2012, data em que segundo um calendário maia, aconteceria o fim do mundo. “Se vocês olharem com mais calma, o calendário está desatualizado. A última versão foi impressa em pedra, quando Niemeyer fez o primeiro esboço dos edifícios na Pampulha”. De acordo com o especialista, o fim da Terra só aconteceria se o Corinthians ganhasse o mundial, algo improvável até para o calendário cristão.
Outro lado – Apesar da análise favorável à sobrevivência humana, há divergências. Para o tarólogo Eduardo Campos, existe algo de estranho no ar. “O número 12 representa o dobro do que conseguimos com o número 6 e a metade de 24. Nas cartas, significa que você demora duas vezes mais para fazer qualquer coisa como, por exemplo, ser atendido no banco”, alertou.
