Para estudante, demora era normal para os padrões da cidade
O graduando em física nuclear pela Universidade de São José (USJ) Atahualpa Silva, 22 anos, achou que a movimentação estava estranha no fim da tarde desta segunda-feira (10) no ponto de ônibus onde aguardava no bairro Carianos, na Capital. Ele conta que havia poucas pessoas, que conseguiam caronas rapidamente, ou embarcavam em vans. “Realmente demorou para Floripa fazer como o Rio e adotar esse transporte, que é muito mais ágil”, disse.
Questionado pela reportagem sobre os motivos de ele estar esperando ônibus em dia de greve, ele mostrou-se surpreso com a notícia. “Já é segunda-feira? Nem notei que demorou tanto para meu ônibus passar”, admite. “Até saí mais cedo de casa na sexta-feira, pois tinha uma prova às 10h da manhã.”
Para passar o tempo enquanto espera o transporte coletivo até a Universidade, na cidade vizinha, Silva costuma ouvir música em seu mp3 player e ler livros de ficção. “Estudo tanto que preciso refrescar a mente com outro tipo de literatura”, conta. Por isso ele não percebeu a demora, que durou três dias. “Esse sistema de transporte tem muitos defeitos, pouca frota para cumprir a demanda, o que acaba atrasando muitas viagens. Acabei me distraindo e não fiquei sabendo das notícias”, riu.
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