Décimo quarto senador a subir no púlpito para discursar na sessão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o catarinense Dário Berger está profundamente entediado com o andamento dos trabalhos. O total ainda não chegou a 40 e pode chegar a 70, provavelmente entrando madrugada a dentro. “Ele não aguenta mais, questiona inclusive se isso tudo vale a pena. Vai consultar o partido para talvez disputar a eleição para prefeito agora em outubro”, afirmou um assessor do peemedebista.
Berger foi prefeito por 16 anos seguidos de São José e Florianópolis, o que levantou inclusive questionamentos legais. Os problemas com a justiça, aliás, despertam o saudosismo no senador. “Ele acha o mandato no Senado muito tranquilo, porque ele acaba não aparecendo muito. Em São José e Florianópolis a imprensa ficava enchendo o saco dele o tempo todo”, diz o assessor, que ainda fez questão de lembrar que “Dário incomodava muito, pois quebrou oligarquias e aposentou velhos políticos”.
Não há ainda uma definição de qual prefeitura Dário Berger pleitearia em outubro. O cenário político em Florianópolis está indefinido, o que pode precipitar sua volta. “Ele tá bem de saco cheio aqui no Senado, então é capaz de querer ir para Joinville. Alemão é foda, né?”, entregou o assessor do senador catarinense. A reportagem do Laranjas tentou falar diretamente com Berger, mas ninguém o conhecia no Senado Federal.