Quarta-feira, 11 de maio de 2016

Senadores não aguentam mais ouvir Collor relembrando seu impeachment

Categorias: Política
Fernando Collor impeachment Renan Calheiros

“Lembra quando você era meu parça, Rê? Você se lembra?”

 

A sessão do Senado que vai definir se o impeachment de Dilma Rousseff irá em frente tem um personagem muito especial: Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, que sofreu o mesmo processo em 1992. Hoje representante de Alagoas pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), ele faz questão de contar aos colegas como se deu a sua saída do poder. “Ele é um cara bacana, gosta de contar histórias, mas às vezes fica cansativo, até porque eu tava lá né?”, disse o presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os senadores afirmam que Collor não tem nenhuma preferência partidária para falar sobre seu impeachment, é apenas uma questão de momento. “Hoje pela manhã eu fui tomar um cappuccino na copa do plenário e ele tava por ali e acabou me contando do seu último café como presidente da República”, comentou Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “Eu tive que cortar, pois precisava colocar umas questões de ordem que tinha combinado com a Gleisi Hoffman”, completou, citando a petista do Paraná.

Fernando Collor não guarda mágoas dos petistas, principais artífices de seu impedimento em 1992, nem mesmo do ex-cara pintada Lindbergh Farias – ele até se diverte com os relatos do colega. “Collor tem muita curiosidade de saber como era o movimento estudantil naquela época, perguntando das festas e como foi a comemoração quando ele saiu”, disse o representante do Rio de Janeiro. “Não há tensão, mas às vezes fica cansativo, entende?”, lamentou Lindbergh.

Representantes da oposição também torcem para que Collor mude de assunto após a votação. “Olha, eu participei da eleição que ele ganhou, então você imagina… A gente respeita, até porque ele não conversa muito com a imprensa e acaba sendo com a gente que ele relembra o passado”, comentou Ronaldo Caiado (DEM-GO). Já o senador Romário (PSB-RJ) foi menos comedido. “O cara é mais difícil de se livrar que o Baresi, mermão, não é fácil não”, diverte-se.

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