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A indústria nacional precisa ser defendida! A competição com os tubinhos é injusta! Os cursos universitários de Farmácia precisam ter relevância social! A lista de argumentos dados pelo Governo Federal é extensa e, a partir de hoje, os aromatizadores de ambiente argentinos passaram a ser taxados em 80% através do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O aumento será de apenas uma semana, até a quarta-feira de cinzas.
“Não tem nada ver com o uso alternativo dos aromatizadores de ambiente argentinos no carnaval”, garante Geraldo Lancelotti, assessor do Ministério da Fazenda. Ele diz que o objetivo do governo é aumentar a competitividade dos produtos nacionais. “Não é porque o cara produz um negócio mais barato, de melhor qualidade e com air-bag de série que pode chegar esculachando no Brasil”, exalta-se, reclamando de um barulho de telefone ocupado.
A ação parece ter dado certo, pelo menos para alguns setores da economia nacional. A procura por éter, clorofórmio e acetona disparou nas lojas do setor. Na UFSC, acadêmicos do curso de Farmácia voltaram mais cedo das aulas, para aproveitar a movimentação positiva do mercado. “Essa mistura dá um cheirinho muito bom, cara, experimenta aí”, afirmou Diones Pedroso, tentando enfiar um pano na boca do repórter. Meio forte, mas até que era bom mesmo.
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